Web 2.0 na sala de aula


As minhas pesquisas sobre Web 2.0 e suas aplicações no campo da Informática Educativa tem revelado muitas oportunidades para as áreas de exatas, humanas e linguagens. No entanto, tenho percebido que o fracasso de muitas experiências com a inserção do computador na escola e as persistentes dificuldades do professor principalmente com as tecnologias conectadas diz respeito a carência de profissionais capazes de fazer a ponte entre informática e educação.

"A Informática Educativa se caracteriza pelo uso da informática como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos colocados a sua disposição. Nesse nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de conheicmento que se está construindo" (R. BORGES NETO, 1999, P.136).

Em nossas escolas são raras as experiências de fato relacionadas a Informática Educativa. Sempre falo em minhas discussões sobre computadores na educação, que não se trata de aulas de informática, mas aulas com informática, pois temos um outro paradigma tecnológico e formativo em andamento e poucos conseguem enxergá-lo e muito menos materializá-lo em sala de aula, no laboratório de informática ou qualquer outro espaço conectado.

No Canadá temos algumas pistas para compreendermos as razões do fracasso das políticas públicas para a inserção da informática na educação pública brasileira e como deveriam ser tratada na escola a nível de um especialista e não de técnico em informática. Mesmo porque como ressalta Philippe Perrenoud (2000, p. 131), a competência requerida [com as tecnologias da informação e comunicação] é cada vez menos técnica, sendo sobretudo lógica, epistemológica e didática [...]".


"O primeiro ponto que aproxima os casos de sucesso é o investimento na formação e no treinamento de um time de profissionais capaz de incorporar os computadores à vida escolar [grifo nosso]. Em países como o Canadá, leva-se o assunto tão a sério que as universidades oferecem uma especialização para isso [grifo nosso]. As escolas canadenses contratam pelo menos um desses profissionais, encarregado de organizar a biblioteca de software [...] e orientar os professores sobre o uso do computador em cada disciplina [grifo nosso]” (WEINBERG E RYDLEWSKI, 2007) apud (JOSÉ RICARDO R. ZENI, 2008, P. 3).

Aqui quero fazer referência a pós-graduação em EAD do consórcio UNEB/UAB que pode ser reformaulada em algumas disciplinas e cumprir muito bem a função tão ausente nas escolas públicas brasileiras. Talvez falte visão aos coordenadores e professores do curso para que seja reformulado e passe a ser também orientado para instrumentalizar os profissionais da educação básica e não apenas da educação superior e exclusivamente para a EAD.
 
 
Com os milhares de software online e tantos outros objetos técnicos disponibilizados na internet a um click do mouse é possível tornar realidade o que determina os Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio) quanto a efetiva incorporação  das tecnologias da informação e comunicação aos processos formativos da educação básica. Em meu projeto de pesquisa deixei claro tal possibilidade ao propor o uso de AVA na escola pública, já que temos um contexto tecnológico favorável a inovação e um público havido pelo uso das novas tecnologias na sala de aula.

Segue alguns exemplos muitos úteis para potencializar o ensino e a aprendizagem em determinada disciplina ou projeto interdisciplinar. Antes quero esclarecer que não se trata de fornecer receitas, pois as orientações que se seguem, apenas apontam possíveis caminhos, a partir dos desdobramentos da pesquisa AVA na escola pública, para aqueles que procuram formas de inovar em sua área do conhecimento ou ampliar suas pesquisas sobre o potencial da internet não importando as polêmicas sobre geração da Web.

"Não se trata de dar receitas, porque as situações [e as tecnologias com diferentes graus de complexidade] são muito diversificadas. É importante que cada docente encontre o que lhe ajuda mais a sertir-se bem, comunicar-se bem, ensinar bem, ajudar os alunos a que apredam melhor. É importante diversificar as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar" (JOSÉ MORAN, 2000, P. 2)


Geografia - Painel Global

A internet e seus milhares de objetos técnicos reserva as aulas de Geografia excelentes oportunidades para aprendizagem. São inúmeras as tecnologias e suas possíveis mixagem que podem transformar conteúdos estáticos em dinâmicos e ainda a postura do aprendiz em relação a sua aprendizagem, pois determinados serviços da Web 2.0 permite colocá-lo no papel de produtor de informação e não apenas de consumidor.

Citaria como exemplo o Painel Global http://www.painelglobal.com.br/ onde o aluno pode monitorar em tempo real diversos fenômenos naturais (erupções vulcânicas, furacões, terremotos, tsunamis, etc.) ou não como órbita de satélites (Estação espacial Internacional) e ainda reportar ao site qualquer  outro evento relacionado ao monitoramento do painel.


Como exemplo (veja os slides), ele pode observar algum acontecimento local/global, redigir seu texto, localizar no mapa e acrecentar foto a informação.


Biologia/Ciências/Geografia/Química - Infográficos animados

Entre tantos objetos técnicos encontrados facilmente na internet, temos os infográficos animados pouco explorado pelos educadores brasileiros. São objetos com grande potencial cognitivo pelo fato de estimular o raciocínio, a investigação entre tantas outras possibilidades intelectuais com os alunos. No caso dos professores é a ponte para o dialogo interdisciplinar tão ausente dos planejamentos escolares.

Como exemplo cito o infográfico animado Água  http://www.scipione.com.br/agua/ (Ciclo da Água - Usina Hidrelétrica - Tratamento da Água). Seu potencial pedagógico se dar em torno da interdisciplinariedade, pois é possível desenvolver um projeto articulando as diferentes áreas do conhecimento.

Todas as áreas do conhecimento - Esquema Mental Interativo

Tenho consultado vários professores sobre o uso do mais novo artefato utilizado pelos governantes brasileiros para maquiar os históricos, indecentes e persistente problemas estruturais da educação brasileira. Trata-se da lousa digital (também chamada interativa) que surge como panacéia para melhorar o ensino e a aprendizagem escolar.

Curiosamente, os governantes brasileiros sempre estão mais atualizados (é claro em gastar o dinheiro público) em nome do marketing político. Embora não desmereça a importância do objeto, minhas consultas aos colegas tem deixado claro que se trata de mais uma aquisição ou como alguns especialistas falam, é apenas mais uma adição aos conjunto de objetos que vão se acumulando na escola e que não se tem um projeto pedagógico bem definido para o seu uso e muito menos a participação daqueles que deveriam usá-la.

Pensando em estimular sua incorporação ao planejamento escolar, proponho a construção de Esquema Mental Interativo a partir do site http://www.spicynodes.org/ como exemplificado para a exposição online do meu projeto de pesquisa AVA na escola pública. 

O Spicynodes incorpora a concepção de mapa mental ao tempo que incorpora também  a possibilidade interativa da internet para a produção de esquemas mentais criativos e dinâmicos, o que o torna  adequando para se trabalhar na lousa digital.


Esquema Mental Interativo para Geografia Urbana de Feira de Santana

Recentemente produzir outro esquema mental bastante específico para  as aulas virtuais de Geografia Urbana de Feira de Santana utilizando a plataforma e-learning Chamilo.




Idiomas - Tradutor online

Recentemente em minha pesquisa acadêmica me deparei com escarso material bibliográfico sobre a plataforma e-learning Dokeos objeto da referida investigação. Como assumir o desafio de pesquisá-lo, contrariando a lógica acadêmica focada exclusivamente no Moodle, e por isso com farto material de pesquisa, enveredei por outro objeto técnico totalmente desconhecido do público acadêmico e escolar, mas decidido a revelar e a desmistificar o uso de outros AVA busquei apoio junto aos educadores/pesquisadores de língua espanhola.

Em muitas oportunidades troquei mensagens com educadores da Espanha (Ilhas Canárias, Palencia e Valladolid). Foi uma breve, mas interessante experiência com outra língua bem mais próxima da nossa realidade linguística e de um ambiente virtual de aprendizagem também próximo da nossa realidade cultural.

Para tal tarefa, utilizei o Google tradutor pouco utilizado como objeto de aprendizagem para qualquer língua. Mesmo com algumas traduções equivocadas para textos longos, nada demais que o professor de qualquer idioma não consiga resolver facilmente e a partir dos erros de tradução discuta em sala  a forma gramatical de corrigi-los, portanto, é um objeto importante para inserção/inovação nas aulas de língua estrangeira.

O Google tradutor é a oportunidade para o professor trabalhar de forma criativa e mais significativa os recursos de tradução online.

Segue algumas mensagens trocadas com colegas da Espanha tendo como referencial a minha rede social Ning http://internetaula.ning.com/profile/AlbertoAmorim.

Geografia/Matemática
Na minha pesquisa relatada no blog afirmei que a internet é ainda um vasto pomar a ser explorado pelos especialista em educação online. Como exemplo do que representa tal afirmação é o Motion Chart, um tipo de gráfico animado que adiciona ao trabalho estatísticos muita interatividade.

Segue um Motion Chart para apreciação das suas possibilidades interativas.




Fonte: http://pedro.valelima.com/blog/2008/may/16/comunicar-estatisticas/

História

Realmente a internet é uma caixinha de surpresa. A capacidade de recriar antigas estratégias de ensino, a exemplo da linha do tempo, mosta o quanto a rede mundial de computadores pode se tornar um ambiente para excelentes expereriências de ensino/aprendizagem.

Boa parte do que divulgo no meu blog é resultado de pesquisas justamente em blogs especializados em analisar e divulgar excelentes experiências com a Web 2.0. Portanto, vamos deixar de lado polêmicas desnecessárias sobre conceito de Web 2.0 e se concentrar no significado. Afinal, temos poucos especialista interessados em desvendá-la e muitos outros em se perder em debates infrutiferos para os educadores.



Segue Linha do tempo sobre história da arte.

http://www.ensinoarterede-eav.org.br/matApoio/linhaDoTempo/index.htm


História/Inglês



Outra experiência é um site que simula um livro de história da arte mundial. Com muita interatividade como deve ser a experiência com as TIC na educação. Em inglês, mas é possível se encantar com o conteúdo das imagens. É possível também desenvolver um excelente trabalho interdisciplinar entre História e Inglês para análise de conteúdo.

http://smarthistory.org/


Geografia

Para os professores de Geografia segue um link para trabalhar fuso horário. Talvez assim o tema desperte muito mais interesse pelo tema.

Hora Certa - Horário Mundial - Fusos Horários - Relógio Mundial - Hora no Mundo

Área de Exatas/Humanas/Linguagem

A internert é uma plataforma que permite fazer uso de muita criatividade quando se trata de estatisticas. Segue alguns links para se trabalhar a análise estatística de forma mais lúdica o que contribui para se desfazer a impressão negativa da ciência.

 Internet no Brasil - 2010


Internet


O que as pessoas Twittan


Estatisticas


Twitter


Velocidade de conexão no mundo - 2010


Pornografia na internet


Outra possibilidade é o uso do climograma, utilizando ferramentas online do INMET. Com a ferramenta disponibilizada é possível construir climogramas e as respectivas comparações gráficas com outras localidades.

Período
1931-1960 1961-1990
Parâmetros Estações
Pressão (hPa) Aracajú Maceió
Precipitação(mm) Belém Palmas
Prec. Máxima 24 h (mm) Belo Horizonte Manaus
Temp. Média (ºC) Brasília Natal
Temp. Máxima (ºC) Boa Vista Porto Alegre
Temp. Mínima (ºC) Campo Grande Porto Velho
Temp. Máx. Absoluta (ºC) Cuiabá Recife
Temp. Mín. Absoluta (ºC) Curitiba Rio Branco
Evaporação (mm) Florianópolis Rio de Janeiro
Umidade (%) Fortaleza Salvador
Insolação (H) Goiânia São Luis
Nebulosidade (déc.) João Pessoa São Paulo
  Macapá Teresina
    Vitória
    











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